28/04/2020
Confira um review completo comparando os processadores AMD Geração Ryzen 3000 (zen 2) e a Intel 9ª geração
Seja uma workstation profissional ou um computador pessoal, a escolha do processador é essencial. Você já se perguntou qual é melhor: AMD ou Intel? Para ajudar, preparamos este conteúdo com a história e comparações entre as duas marcas. Assim, você pode tirar suas próprias conclusões. Confira:
A Intel dominou o mercado de processadores em 2011 com a sua segunda geração de processadores com o codinome “Sandy Bridge”. Com 4 cores e 8 threads, tinham uma performance que a competição demorou muito tempo para alcançar. A AMD tentou lançar processadores com 8 cores, porém a performance de núcleos individuais era baixa e, na época, a maior parte dos programas que utilizava menos núcleos. Simultaneamente, a AMD foi lançando alguns processadores, porém foram praticamente ignorados pela maior parte do tempo. Neste contexto, a performance era dominada pela Intel.
Sem competição por anos, a Intel diminuiu a litografia para 14nm em 2014. Lá em 2016, cinco anos após dominar o mercado com 4c/8t, ela continuava com 4c/8t. A sua performance de um só núcleo ainda era alta e a sua performance paralela (vários núcleos) era boa.
No primeiro semestre de 2017, a AMD saiu do escuro, com intenções de competir fortemente no mercado. Eles vieram com processadores que tinham 6/8 cores e 12/16 threads para consumidores comuns, com performance de cada core e temperaturas muito mais aceitáveis que nas suas primeiras tentativas. Em muitos aplicativos, a AMD estava com a performance maior que a Intel. Sendo assim, a AMD trouxe para o presente a corrida da paralelização de processamento, que teve o início de sua pesquisa no Japão na década de 80 e que falhou por criar computadores muito caros e não ter boa utilização do seu hardware. O vencedor dessa briga nessa época foi a Intel, com um só poderoso núcleo em seu processador mais barato.
Em 2018, a Intel tentou subir o número de núcleos para consumidores comuns, com 6c/12t. Ela oferecia menos custo-benefício que a AMD, mas no topo da performance, a Intel ficava um pouco atrás na média de workloads. Ainda, em 2019, a Intel lançou a sua nona geração de processadores, com 8c/16t para consumidores comuns e novos processadores para trabalho com até 28 cores, mas a um preço mais alto do que a concorrência.
Em 2019, a AMD lançou zen 2, uma linha de processadores com tecnologia de 7nm e compatível com placas-mãe de outras gerações Ryzen, que eram 14nm (vale lembrar que na Intel geralmente é necessário trocar de placa-mãe).
Seus coolers de fábrica fazem um bom trabalho, potencializando a economia. Eles também tem retrocompatibilidade entre processadores e placas-mãe, com leves exceções. Na nona geração de processadores Intel, é altamente recomendado e, na maioria dos casos absolutamente necessário, comprar um cooler de processador mais forte que o stock (padrão). Isto, no entanto, pode ser um problema, pois os processadores em si geralmente tem menos custo-benefício. Se houver planos de fazer upgrade, há maior chance de ser possível com a AMD.
Quando se pensa em custo-benefício, os Ryzen 5 3600 e Ryzen 7 2700 são ideais para trabalho pesado, oferecendo ótima performance até para entretenimento. Para entusiastas que buscam mais núcleos, a AMD oferece opções acessíveis, como o Ryzen 9 3900X (12c/24t) e o Ryzen 9 3950X (16c/32t). Esses processadores são verdadeiros monstros, tanto para o uso com finalidade profissional quanto para lazer, tendo um ótimo custo-benefício para aplicações extremamente pesadas.
Para workstations de alto desempenho, o i9 9900KS oferece excelente performance para trabalho e entretenimento. Modelos como i9 9900KF, i9 9900K e i7 9700K também são ótimas opções. No entanto, exigem bom dissipador de calor e um cooler potente para evitar gargalos.
A geração zen 2 da AMD veio em 2019, com uma litografia de 7nm. Eles foram os primeiros a fazer um processador para desktops com essa tecnologia. Desde o Ryzen 1000 lançado em 2017, que era 14nm, a marca vem aprimorando os seus processadores e tem melhorado a performance anualmente, com boas projeções para o futuro. A AMD chegou a produzir processadores com 8 cores e 16 threads com ótima performance para usuários comuns em 2017. Vale lembrar que a empresa desenvolveu isso tudo antes mesmo dos seus competidores, mesmo estando fora do mercado por anos antes deste lançamento. Inclusive, a AMD lançou processadores com 12 cores e 24 threads e 16 cores e 32 threads a um alto preço, mas considerando que é uma tecnologia de ponta, faz parte de um setor de mercado pequeno e é mais em conta do que a concorrência, sendo assim, a AMD se superou no quesito pró consumidor.
Os processadores comuns da AMD tem bom custo-benefício com foco no campo profissional no topo da performance, nicho no qual a empresa vem aos poucos dominando as vendas, com processadores de 24c/48t e 32c/64t. Em 2020 ainda, a AMD já confirmou que vai lançar um processador com 64c/128t.
Nas novas gerações Ryzen, a empresa está produzindo equipamentos compatíveis com as últimas gerações, para facilitar a possibilidade de realizar um upgrade mais significante. Com este movimento, a empresa demonstra que está colocando os seus consumidores em primeiro lugar, ganhando assim respeito do público, fidelizando os usuários e obtendo, inclusive, a preferência de compra.
No geral, a AMD está ganhando o coração de muitos entusiastas de hardware e consumidores do mundo corporativo, especialmente para aquelas empresas que investem em workstations para uso profissional. A AMD, inclusive, já divulgou que está realizando investimentos em pesquisas para transistores de 5 e 3nm, pensando nas próximas iterações da linha zen ou outras linhas. No ano passado, em 2019, a Intel anunciou que pretende lançar processadores com chips de 10nm ainda em 2020. Além disso, pretendem também oferecer 7nm em 2021. Isto pode mudar a concepção do público, uma vez que, com estes novos modelos, e com preços acessíveis, é possível que a preferência dos consumidores pela Intel fique acima da AMD novamente.
Isto demonstra que ambas as empresas estão empenhadas em trazer cada vez mais performance para seus processadores. Sendo assim, verificando toda a história dessas duas gigantes de tecnologia, é possível compreender algo que acontece em todas as áreas de negócio: com competição, quem ganha de fato, é o consumidor.
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